domingo, 29 de maio de 2011

Código Florestal e a Ciência - Contribuições para o diálogo.



"Código Florestal e a Ciência: contribuições para o diálogo" é o resultado do Grupo de Trabalho
criado pela SBPC e a Academia Brasileira de Ciências em julho de 2010, para analisar e avaliar as alterações propostas ao Código Florestal. O grupo é coordenado pelo Dr. José Antônio Aleixo da Silva, do  Departamento de Ciência Florestal/UFRPE e Secretário da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC.

Abaixo segue o link para que façam o download:


 Boa leitura!

Ataque à Amazônia aumentou no rastro das mudanças no Código Florestal


                
                    RIO - A discussão do Código Florestal escancarou as portas da Floresta Amazônica para a devastação. Desde janeiro passado, grandes fazendeiros ou especuladores de terras passaram a derrubar florestas na expectativa de criar um fato consumado para se beneficiar de anistia a devastadores na Amazônia Legal ou, simplesmente, pelo medo de que as restrições pudessem ser aumentadas após a aprovação da nova legislação ambiental. Em Mato Grosso, estado que concentra a segunda maior produção de grãos do país, o efeito foi devastador, principalmente depois que o governador Silval Barbosa (PMDB), aliado da presidente Dilma Rousseff, sancionou lei concedendo anistia aos produtores até abril, véspera da aprovação do novo Código, que, pela proposta da Câmara, prevê anistia a quem desmatou até 2008.

                   Os satélites do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) registraram a derrubada de 480 quilômetros quadrados de florestas no estado, boa parte com o uso do impiedoso correntão. Esticada entre dois tratores, uma enorme corrente derruba as árvores pela raiz, ceifando todo tipo de vida pelo caminho. Ao final, as árvores são amontoadas. As toras são vendidas, e o resto é queimado.

                  Mas o desmatamento não é só com o correntão. Antes dele, passam os mateiros. Às 13h da última quinta-feira, O GLOBO estava diante deles. Seis homens, uns mais velhos e outros quase meninos, preparavam o trator para içar toras e encher um caminhão. Nem de longe pensavam que estavam fazendo algum mal. Cortar a árvore é um trabalho, e cortar a floresta por baixo é o que mais ocorre em Mato Grosso.

                Eles trabalham para os madeireiros e odeiam correntões, como os usados na fazenda Santa Catarina, do paranaense Valdemiso Badalotti, e outras cinco. O motivo é simples: chamam a atenção dos fiscais do Ibama. Os mateiros trabalham discretamente, por baixo das copas das árvores, e só são localizados se a equipe de fiscalização voar baixo de helicóptero ou se for feita denúncia, o que é raro. Se por acaso forem flagrados, são presos e soltos.

               Para derrubar, não há muito preparativo. O mateiro sabe para que lado o tronco vai cair e manda: "Fica do lado de lá". O barulho da motosserra não é nada. Dura uns dois, três minutos. Duro mesmo é ouvir o baque da árvore que cai sobre os galhos de outras.

              Na venda, uma árvore como a iotaúba, escassa em algumas áreas, mas ainda presente nas mais afastadas das cidades, chega a R$ 250. Um madeireiro ouvido pelo GLOBO afirma:

             - A árvore vai crescer de novo. Em cinco anos tem outra aí.

por Cleide Carvalho - O Globo

Toneladas de peixes morrem em lago próximo a vulcão nas Filipinas



                RIO - Mais de 800 toneladas de peixes morreram em um lago nas Filipinas devido ao aumento da temperatura da água provocada pela atividade do vulcão Taal. Pescadores passaram o dia tentando limpar o local.

               A atividade no Taal aumentou em abril e desde então o Instituto de Vulcanologia e Sismologia das Filipinas (Philvocs) mantém declarado o alerta 2 em uma escala de 5, que indica o surgimento de magma na superfície.

               As autoridades proibiram a presença humana na ilha vulcânica devido ao perigo de erupção e de gases tóxicos. Milhares de turistas visitam a cada ano o Taal e alguns percorrem caminhando até a cúpula de 400 metros para ver o lago e a fumaça que se formam.

O Globo

Matéria: Produtos do dia a dia podem causar obesidade



            Alguns compostos comuns no dia a dia, que vão desde produtos de limpeza, plásticos e agrotóxicos até metais e plantas, são capazes de alterar o metabolismo humano e causar obesidade. É o que revela o endocrinologista Nelson Rassi, do Hospital Geral de Goiânia.

          Essas substâncias, chamadas de “disruptores endócrinos”, alteram tanto a função quanto a produção hormonal e aumentam a gordura abdominal, afirmou o médico em um simpósio no 14º Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica, em São Paulo.

          Esses compostos são encontrados em produtos industriais ou farmacêuticos. E, quanto mais jovem for a pessoa, ainda criança ou na vida intrauterina, mais suscetível ela está.

          A exposição ao bisfenol A, um dos componentes que revestem o plástico, sobretudo de mamadeiras e alimentos industrializados para bebês, demonstrou um aumento de obesidade em ratos. No organismo, a substância simula a ação do estrogênio e pode desregular o sistema endócrino. Exames revelam que 95% das crianças e dos adolescentes nos Estados Unidos têm essa substância na urina.

          Por ano, os EUA produzem 800 mil toneladas de bisfenol A, que já foi proibido em países como Canadá e Dinamarca e deve ser banido este ano da União Europeia. No Brasil, a substância é encontrada em garrafas plásticas e mamadeiras.

O POVO online

sábado, 28 de maio de 2011

Documentário: A História das Coisas




                Da extração e produção até a venda, consumo e descarte, todos os produtos em nossa vida afetam comunidades em diversos países, a maior parte delas longe de nossos olhos.
               
                A História das Coisas é um documentário de 20 minutos, direto, passo a passo, baseado nos subterrâneos de nossos padrões de consumo; revela as conexões entre diversos problemas ambientais e sociais, e é um alerta pela urgência em criarmos um mundo mais sustentável e justo.
              
                Através desse vídeo, Annie Leonard nos ensina muitas coisas, nos faz rir, e pode mudar para sempre a forma como vemos os produtos que consumimos em nossas vidas. Assistam abaixo:





quarta-feira, 18 de maio de 2011

Notícia: Desmatamento na Amazônia é "assustador e atípico", diz ministra




        "Ministra do Meio Ambiente diz não saber se aumento do desmatamento está associado ao Código Florestal."

          BRASÍLIA - A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse nesta quarta-feira que o pico do desmatamento na região Amazônica registrado entre agosto de 2010 e abril deste ano é "assustador" e "atípico". Ela explicou que ainda não sabe quais as causas e, por isso, não é possível associá-lo com as incertezas em torno do Código Florestal.

            Na coletiva, a ministra também anunciou que foi criado um gabinete de crise, com a participação da Polícia Federal, do Ibama e da Força Nacional, além da Polícia Rodoviária Federal. A ministra informou ainda que enviou 500 agentes para o Mato Grosso para evitar mais desmatamento.
          Segundo dados do sistema de monitoramento por satélite Deter foram derrubados 1.848 quilômetros quadrados de floresta no período. A área desmatada representa um aumento de 27% com relação ao mesmo período anterior. E a maior parte fica no Mato Grosso.
          " Quem apostar no desmatamento para botar boi vai ter seu boi apreendido e destinado ao programa Fome Zero. "
          - Quero dizer aqui claramente: quem apostar no desmatamento para botar boi vai ter seu boi apreendido e destinado ao programa Fome Zero. Quem apostar no desmatamento para plantar vai ter sua produção apreendida e destinada ao programa Fome Zero. A ordem é sufocar o crime ambiental - alertou a ministra.

          Presente a divulgação dos números o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, também ameaçou os desmatadores:
          - As pessoas que estão na mata e acham que podem desmatar impunemente que ninguém está vendo, nós estamos vendo - disse Mercadante, que participou da solenidade porque o Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe), órgão responsável pelo monitoramento via satélite, é ligado à sua pasta.
          Em Mato Grosso, foram desmatados 733 quilômetros quadrados no período de agosto de 2010 e abril deste ano. A área derrubada é 47% maior do que a registrada no período anterior e está concentrada em uma mesma região, nos municípios de Alto Boa Vista, Nova Ubiratã e Bom Jesus do Araguaia.
          As negociações em torno do Código Florestal permanecem em andamento, mas a matéria está pronta para ser votada pela Câmara.
O Globo

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Oficina de Compostagem Doméstica

Segue abaixo o material em slides da Oficina de Compostagem Doméstica, coordenada por Alessandro Lima e Dávila Amaro, alunos do segundo semestre do curso Técnico em Meio Ambiente do IFCE-Maracanaú. 






































































Curso Agentes Ambientais da Fundação Demócrito Rocha.


Estão abertas as inscrições para o "Curso Agentes Ambientais" da Fundação Demócrito Rocha.

Cliquem no link abaixo para inscrição e informações:

http://www.fdr.com.br/agentesambientais/?target=inscricao

Apresentação do Curso

           A questão ambiental ganhou nas últimas décadas, um espaço social relevante, fazendo-se presente no cotidiano das pessoas e das instituições. No mundo de hoje, já se coloca a necessidade de refletir e de agir sobre os impactos e ameaças que pesam sobre a qualidade de vida no planeta Terra.
Hoje, a questão ecológica não pode ficar fora da agenda de qualquer pessoa ou organização minimamente comprometida com o meio ambiente e a qualidade de vida. A gestão ambiental, casamento entre ecologia e negócios, é uma realidade cujos efeitos econômicos tornam-se cada vez mais profundos e impactantes. A necessidade de preservar as condições de vida no planeta nos coloca num caminho sem volta. Portanto, é premente que se inicie uma revisão completa das concepções de progresso que nortearam os modelos de desenvolvimento social e econômico nos últimos séculos. A definitiva opção pelo desenvolvimento sustentável baseado na gestão ambiental tem, além do fator econômico, um determinante humano.

          Considerando a educação ambiental uma ação multidisciplinar, o curso procura aprofundar a consciência cívica e a responsabilidade social dos cidadãos, assim como subsidia-los com fundamentação teórica a fim de capacitá-los como agentes multiplicadores e facilitadores de controle ambiental.

         Com os recentes dados publicados acerca do clima pelo IPCC, faz-se urgente um trabalho de educação formal com o objetivo de preparar Agentes Ambientais para monitorar o meio ambiente do seu entorno geográfico e divulgar boas práticas de preservação e conservação do planeta.



Fascículos

1. Conferência do clima (COP 15) e as metas brasileiras: o fascículo discute o tema do meio ambiente e a intervenção política das nações, bem como a importância do trabalho dos agentes ambientais como fiscais do meio ambiente e multiplicadores de conhecimentos. O texto faz uma análise acerca das principais constatações históricas dos 15 anos de Conferências do Clima, buscando refletir sobre as ações do passado para não cometer os mesmos erros no presente. Tem destaque especial a COP 15, com descrição desde as expectativas desse evento até o seu resultado final, bem como discussão da atuação do Brasil e quais metas foram propostas frente os diferentes setores econômicos brasileiros. Por fim, busca fomentar análise sobre as principais ações tecnológicas disponíveis na atualidade para proteção dos ecossistemas e populações humanas das mudanças climáticas. 

2. Política Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA/CONDEMA): apresenta noções sobre os principais fundamentos teóricos das políti
cas nacionais de meio ambiente, realizando uma leitura crítica da Lei N° 6.938/81 que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente no Brasil. Apresenta, ainda, os mecanismos de funcionamento do SISNAMA, CONAMA e CONEMA. 

3. Agente ambiental e mobilização social: é feita uma contextualização histórica da participação democrática da sociedade, na busca de soluções para questões ambientais, identificando mecanismos que legitimem essa participação. São apresentadas algumas experiências exitosas da participação popular para o meio ambiente. Também é abordada a importância da educação ambiental na sala de aula e listado várias informações sobre os principais órgãos que podem ser acionados na defesa do meio ambiente no estado do Ceará. 

4. Sociedade, Meio ambiente e Educação: faz uma discussão sobre a interligação entre sociedade, meio ambiente e educação, ressaltando a convicção de que são inseparáveis na promoção de convivência equilibrada com o meio ambiente. Chama atenção para
o modelo capitalista de sociedade como um dos contribuintes para o aumento da desigualdade social que gera impactos ambientais. Apresenta a atuação de movimentos sociais e das conferências internacionais de meio ambiente como propulsores na conscientização das pessoas para a preservação da vida no planeta. Por fim, traz informações sobre lixo e poluição e algumas dicas de como os cidadãos podem atuar cotidianamente em defesa do meio ambiente. 

5. Principais ecossistemas do Ceará: o Brasil é detentor da maior diversidade biológica do planeta, contando com pelo menos 10% a 20% do número total de espécies mundiais. Na Caatinga e em todos os ecossistemas associados a ela, pode ser encontrada também uma rica biodiversidade, indo de encontro ao que muito se pensava, de que era pobre em espécies. Neste fascículo é apresentado o conceito de ecossistema, estrutura e funcionamento dos mesmos, assim como uma visão geral dos principais biomas brasileiros. É também feita uma abordagem dos
  ecossistemas associados à caatinga cearense, tais como os manguezais, as dunas e restingas, as matas ciliares de carnaúba, as matas serranas ou úmidas, a caatinga propriamente e o carrasco que é encontrado no platô das serras da Ibiapaba e do Araripe respectivamente. O conhecimento das relações que se processam nestes ecossistemas é importante para a sua conservação e preservação para as futuras gerações. 

6. Potencialidades da Caatinga: busca contextualizar a caatinga dentro do semiárido nordestino, apresentando suas principais características climáticas, ecológicas, fisionômicas. Aborda como o bioma caatinga vem sendo explorado de forma predatória através de diversas atividades que incluem, principalmente, a caça, as queimadas e o desmatamento para retirada de lenha e o consequente quadro de degradação ambiental, decorrente dessas ações que são realizadas sem nenhum planejamento efetivo para o uso sustentável dos recursos disponíveis. É destacada a importância da biodivers
idade da caatinga, com a descrição de algumas potencialidades para o desenvolvimento sustentável do semiárido. 

7. Unidades de conservação: neste fascículo é analisado o surgimento das unidades de conservação no mundo e no Brasil, os objetivos de sua criação, os tipos de unidades de conservação, que atividades podem ser realizadas dentro destas áreas protegidas e é dado um enfoque às unidades de conservação existentes no bioma caatinga e a necessidade de criação de mais unidades, não somente na caatinga, mas em todo o território brasileiro. 

8. Água e Meio Ambiente: trata da água como condição para a vida. O ciclo da água, seu papel na fotossíntese e a importância da água como definidora dos biomas terrestres do planeta. O texto reforça a interrelação estreita entre água e floresta enfocando o exemplo da Amazônia. A água como espaço de vida, representado pelos ecossistemas marinhos e de águas doces. Discute também, os processos de degradação das águas: desmatamento, poluição,
eutrofização, desertificação, entre outros. Enfoca as consequências desses impactos ambientais na saúde humana. Por fim, destaca a gestão compartilhada das águas e a recuperação ambiental, envolvendo a comunidade, como um caminho seguro para se construir uma sociedade ecologicamente sustentável e socialmente justa. 

9. Tratamento de resíduos, coleta seletiva e reciclagem: apresenta os conceitos Lixo, Coleta Seletiva e Reciclagem, demonstrando a importância das práticas de coleta seletiva e da reciclagem para a existência de um ambiente mais saudável. Discute as possibilidades de aproveitamento de resíduos economicamente viáveis, e as principais formas de tratamento do lixo e suas aplicações. 

10. Monitoramento ambiental: busca compreender o conceito de monitoramento ambiental e sua importância. Aborda algumas tipos de monitoramento ambiental: da biodiversidade (fauna e flora), dos recursos hídricos, atmosférico, dentre outros e suas principais técnicas de execução. Por fim, en
foca a interdisciplinaridade que deve haver entre as diversas facetas do monitoramento ambiental.

11. Noções de Direito Ambiental: o fascículo discute as informações básicas sobre Direito Ambiental, enquanto ramo específico da ciência jurídica que tem como objeto o desenvolvimento sustentável e a utilização dos recursos naturais de forma ordenada. Trabalha os conceitos, princípios fundamentais, responsabilidade ambiental e suas políticas nacionais, buscando a percepção de que a questão da proteção ao meio ambiente é um dever não só do Estado, mas de todos os cidadãos. 

12. Tecnologias ambientais sustentáveis: alternativas para o convívio com o semiárido: o propósito deste fascículo é oferecer exemplos práticos de tecnologias simples e de baixo custo que podem melhorar as condições de vida do sertanejo nordestino e ao mesmo tempo proteger e melhorar o Meio Ambiente. As tecnologias apresentadas são voltadas especialmente para a captação, armazenamento e uso da água, preservação, recuperação e aumento de produtividade do solo e melhoria da qualidade de vida das pessoas.