sábado, 25 de fevereiro de 2012

Proibido em países ricos, amianto ameaça população de nações em desenvolvimento




O amianto, um produto prejudicial à saúde, tem coberto com seu manto invisível a vida dos países desenvolvidos. Proibido nessa região do planeta, embora não extinto, atualmente ameaça a população dos países mais pobres. O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de amianto.

Desde o começo do século passado, o amianto se tornou o principal material da maior parte das construções. O material é um grupo de minerais fibrosos, compostos de silicatos, caracterizado por suas fibras longas e resistentes, que podem se separar, apresentando a particularidade de poder ser entrelaçadas solidamente e resistir a altas temperaturas. No começo do século 20 se inventou um procedimento pelo qual, misturado com o cimento, dava lugar ao amianto cimento ou fibrocimento, utilizado especialmente nos encanamentos de água potável, telhas onduladas e – como é um produto ignífugo, que resiste muito bem ao calor – para recobrir elementos que precisam ficar expostos ao calor.

No trabalho, no lar e até no ar

Francisco Puche, membro da organização Ecologistas em Ação, editor, escritor, que faz parte da Federação Nacional de Vítimas do Amianto, explica que "já existiram até três mil produtos de diferentes tamanhos e condições que continham amianto, como por exemplo torradeiras, filtros de cigarros, filtros de água e encanamentos, pinturas impermeabilizantes, pastilhas e sapatas de freio, pavimentos”.

“Além disso, como era muito flexível, podia ser usado como tecido em cobertores ou tecidos isolantes, assim como na indústria naval. Estava em todas as partes, de modo que houve uma espécie de contaminação geral de fibras de amianto no ambiente", continua.
 Devido a essa variedade de usos, a exposição ao amianto atualmente pode ser ocupacional, doméstica ou ambiental. Em um estudo publicado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), no ano de 2006, se estimava em cem mil o número de pessoas que morrem por ano no mundo como consequência da exposição ao amianto.


Mina Jeffrey em Asbestos, Québec (Canadá), que opera desde o final do século 19 e se dedica ao amianto branco.


A Organização Mundial da Saúde (OMS), em um relatório realizado em 2010, assegurava que no mundo há cerca de 125 milhões de pessoas expostas ao amianto no local de trabalho e, segundo cálculos desta organização, a exposição laboral causa mais de 107 mil mortes anuais por causa de câncer de pulmão relacionadas com esse material.

                                                                                                                       fonte: Yahoo! Notícias

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Material de Estudo

Segue abaixo um ótimo material para download. Boa leitura!

I. Pactos das Águas: Cenário Atual dos Recursos Hídricos do Ceará


              Cenário Atual dos Recursos Hídricos do Ceará: um diagnóstico construído de forma coletiva, resultado de mais de seis meses de trabalho em diferentes foros, agregando contribuições de cerca de 80 instituições e que representa uma visão consensual da nossa realidade. É também um documento comprometido coma construção de uma nova cultura, que tem como base a co-responsabilidade sobre a gestão e o uso sustentável das águas no Estado. Ele consiste em uma proposta de diagnóstico amplo, capaz de projetar o futuro e avançar na transformação social, estimulando a articulação, o diálogo e a formulação de objetivos comuns. Possui, portanto, forte dimensão transformadora.
              
              É um documento que reflete a tendência atual em que os processos de tomada de decisão no setor público contam com a presença marcante da sociedade civil organizada, por meio de entidades e dos movimentos sociais. Apresenta uma proposta inovadora, que exige do Poder Público maior abertura para a participação efetiva dos usuários na gestão de recursos hídricos.
Dep. Domingos Filho
Presidente da Assembléia Legislativa
do Estado do Ceará



II. Pacto pela Convivência com o Semiário Cearense
       
                  Cenário Atual do Semiárido Cearense: é um importante ponto de partida sobre essa temática. Este Documento constitui a consolidação das reflexões sobre uma nova maneira de enxergar o Semiárido Cearense em suas múltiplas dimensões: Região potencializadora de convivência sustentável com mais da metade da população do Ceará, que nela habita. É, além disso, um contraponto à imagem durante muito tempo construída, sob o manto da fragilidade, da inviabilidade e da negatividade que ainda predomina em determinados setores da nação brasileira.

                  Resgata também uma dívida histórica do Estado do Ceará para com essa Região, que, mesmo aparentemente frágil, se mostra resiliente a tantas interferências negativas sobre os seus recursos. O resultado do esforço desse resgate indica que os Sertões Cearenses têm muito a ensinar aos que fazem esta singular unidade da federação brasileira. Pode oferecer experiências úteis ao Nordeste Semiárido como um todo e aos Estados que o integram. Suas experiências também podem ser úteis a outros espaços semiáridos Brasil afora, indicando como é possível promover adaptações a condições ambientais adversas, máxime quando pautadas por determinantes climáticos que fazem das secas apenas um dos fatores da equação das Mudanças Climáticas como o mundo passou a conhecer.




sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Justiça revoga liminar que paralisava obras de Belo Monte


 


SÃO PAULO - O juiz Carlos Eduardo Castro Martins, da Justiça Federal no Pará, revogou, nesta sexta-feira, a liminar que ele mesmo havia concedido e que determinava a paralisação das obras de construção da Hidrelétrica de Belo Monte no Rio Xingu, local onde são desenvolvidas atividades de pesca de peixes ornamentais pelos associados da Associação dos Criadores e Exportadores de Peixes Ornamentais de Altamira (Acepoat). A ação tramita na 9ª Vara Federal, especializada no julgamento de causas ambientais.

O magistrado, ao apreciar dois pedidos de reconsideração formulados pela União e pelo consórcio Norte Energia S.A. (Nesa), que constrói a Usina de Belo Monte, considerou que não há mais motivos jurídicos que justifiquem a manutenção da liminar. Com isso, estão liberadas as obras no leito do Rio Xingu, como implantação de porto, explosões, implantação de barragens, escavação de canais e outras necessárias para construir a hidrelétrica.

Na decisão que revogou a liminar, o juiz da 9ª Vara expõe seu entendimento de que não haverá bloqueio, impedimento ao trânsito de embarcações pesqueiras, uma vez que ‘estão previstos mecanismos de transposição, sejam provisórios, enquanto está em construção a obra, sejam definitivos, para quando estiver em operação a UHE’.

A construção das barragens, prossegue o magistrado, somente será possível se for cumprida a condicionante que determina manifestação favorável da Fundação Nacional do Índio (Funai) e a avaliação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) quanto ao detalhamento dos mecanismos de transposição de embarcações que naveguem pelo Rio Xingu.
magistrado reconhece, no entanto, que os impactos ambientais maiores decorrentes somente serão sentidos e possíveis de analisar após a conclusão das obras, já que os estudos hoje existentes são apenas previsões técnicas do que poderá ocorrer.

No entendimento do juiz, a pesca de espécimes ornamentais não será impedida durante a construção da usina, ‘pois o curso d’água não será alterado e não haverá grande variação na vazão d’água por segundo, sem grandes influências, portanto, no habitat das espécies ornamentais de pesca permitida.’

A Nesa, segundo o juiz, conseguiu demonstrar que estão sendo desenvolvidos projetos para ictiofauna e de incentivo à pesca sustentável. Um terceiro projeto, relativo à aquicultura de peixes ornamentais, também deverá ser implantado a montante da barragem, mas somente depois que a hidrelétrica entrar em operação.

A decisão judicial destaca ainda que o EIA/Rima prevê a ocorrência de alterações nos padrões de pesca devido às mudanças nas comunidades de peixes, decorrentes de perturbações diretas ou indiretas nos habitats. Tais alterações, no entanto, serão sentidas somente durante a construção da usina, não havendo impactos sobre a totalidade da região do rio Xingu, mas tão-somente nos locais de execução das obras.
fonte: O Globo

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

MP questiona ocupações nas dunas de Canoa Quebrada


Aumenta o número de construções na praia de Canoa Quebrada, um dos principais destinos turísticos no Estado. Ministério Público mostra preocupação


Casas em Canoa Quebrada não possuem escrituras, enquanto aumenta o interesse imobiliário pela praia

Aracati. A praia de Canoa Quebrada é considerada por muitos um verdadeiro paraíso litorâneo na terra. É um privilégio de poucos ter um espaço de frente para o mar. Mas o Ministério Público do Estado está preocupado com os processos de ocupação que têm ocorrido num dos destinos turísticos mais conhecidos do Nordeste.

Em alguns casos, ultrapassa a lógica do Direito Ambiental concebida para uma Área de Preservação Permanente. Nos últimos anos, o Ministério Público e a Justiça de Aracati têm questionado a concessão de licenciamentos ambientais sem relatórios e estudos de impacto ambiental. Algumas ações também foram movidas pelo Ministério Público Federal. Os casos em que não houve absolvição estão parados na Justiça.

A Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) questiona as críticas a algumas concessões de licença ambiental, mas admite que existem ocupações irregulares. A construção e ocupação de casas em plena duna de Canoa Quebrada, motivo de ação do Ministério Público e já noticiada neste jornal, é só mais uma de uma série de irregularidades que há vários anos geram conflitos naquele precioso pedaço do litoral. O problema começa pela falta de escritura das casas. Não há o principal documento que comprove "em nome de quem" está uma determinada residência em Canoa. Os moradores, e até mesmo os donos de pousadas, só possuem um documento de posse, considerado de caráter jurídico menor.

Mas à medida em que foi aumentando o interesse pelo privilegiado espaço do litoral do Ceará, aumentou o número de habitantes de Canoa. Quando não há ampliação das residências e das pousadas, são novas que se constroem perto das falésias, próximo às dunas - com e sem licenciamento ambiental.

Então há dois tipos de ocupações que, quando não beiram, ultrapassam a legalidade: construção de moradias das populações pobres da periferia e construção e instalação de grandes empreendimentos turísticos e empresariais. A diferença é que os grandes empreendimentos têm obtido licenças ambientais, as famílias irregulares, não. São pousadas as principais construções em cima das falésias de Canoa Quebrada, e ao menos uma delas com licenciamento da Semace para construir.

Somente nos últimos quatro anos foram cinco grandes conflitos sobre a ocupação do lugar que foram parar na Justiça, por meio de ações civis públicas e algumas depois levadas pela Procuradoria Geral de Justiça à Justiça Federal: construção de residencial e loteamento imobiliário à beira mar; instalação de parques eólicos com planagem de áreas de dunas; transporte de buggys nas áreas de dunas e falésias; ocupação irregular de barracas na encosta das falésias; e, mais recentemente, a construção de residências sobre as dunas.

Três anos atrás, um dos casos de maior repercussão deu-se por conta da concessão de licenciamento ambiental, por parte da Semace e do Ibama, para construção do loteamento "Paraíso da Canoa". O Ministério Público Federal pediu a paralisação das obras. O pedido foi acatado pela Justiça de Aracati, depois a medida foi indeferida pelo Tribunal de Justiça.

A Procuradoria da Justiça considerou procedente a paralisação das obras devido à ausência de um Estudo de Impacto Ambiental e da elaboração de Relatório de Impacto do Meio Ambiente. Antes de tudo, um dos principais argumentos foi que a construção do loteamento deu-se em 1982, antes mesmo da criação da Semace. A empresa conseguiu a licença com um estudo simplificado.


Decisão favorável

A empresa proprietária, Visão Empreendimentos, questionou a ação, e teve decisão favorável, pois todos os licenciamentos necessários foram obtidos antes da ocupação - e só depois também foi realizado o Estudo de Impacto Ambiental.

De acordo com o atual secretário adjunto da Semace, Arilo Veras, as construções do loteamento Paraíso da Canoa estão dentro das permissões de licenciamento ambiental. Três anos atrás a reportagem fotografou o local onde está o loteamento Paraíso da Canoa, uma vasta área de mais de 200 hectares. Havia pequenas dunas e até mesmo uma pequena lagoa, que depois sofreram processo de terraplanagem e consequente aterramento. Mas segundo Arilo Veras as áreas não constituiriam dunas. "Se formos saindo da praia em direção ao interior, antes de chegar nas dunas propriamente ditas passamos por uma superfície chamada planície de deflação. É nela que se encontra situado o loteamento licenciado. Essa planície de deflação não constitui Área de Preservação Permanente", afirma Arilo, com base no Código Florestal, de 1965.

O secretário admite que existem ocupações irregulares em áreas de preservação permanente em Canoa. A Semace não licencia nas falésias. E tem que fazer cumprir. "Efetivamente não temos ainda condições de fiscalizar todo o Estado. Fizemos um concurso dois anos atrás e aumentamos de zero para 70 fiscais. Isso é muito bom, mas mesmo assim não dá".


FISCALIZAÇÃO

70 fiscais integram os quadros da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace). Órgão admite que não tem condições de fiscalizar toda a extensão do Estado no cumprimento da lei.


MAIS INFORMAÇÕES

SEMACE

Rua Jaime Benévolo, 1400
Bairro José Bonifácio, Fortaleza-CE
(85) 3101.5570/ 
 http://www.semace.ce.gov.br


IMPACTO AMBIENTAL


Drenagem

Conforme constatou a reportagem, havia dunas na região do loteamento Paraíso da Canoa. De acordo com Jeovah Meireles, mesmo as dunas pequenas faziam parte dos sistemas dunares de Canoa Quebrada.

"Essa afirmação de que pouco a pouco as lagoas vão sumindo, e que essa área aterrada são zonas de deflação é o discurso da degradação. E há registros pela própria comunidade de Canoa que essas lagoas foram drenadas com ajuda de máquinas, tanto para a construção de estradas como para a terraplanagem e a posterior ocupação de empreendimentos", afirma o geógrafo.

A promotoria de Justiça em Aracati, que moveu no início do mês Ação Civil Pública pedindo a remoção das famílias da periferia que estão construindo casas na "duna por-do-sol", também tem acompanhado os outros processos de ocupação em Canoa Quebrada.

Para a promotora Emilda Afonso, é preciso garantir a conservação das Áreas de Preservação Permanentes. Dois anos atrás, liderado pelo então promotor de Aracati, Alexandre Alcântara, o Ministério Público moveu ações questionando a Semace sobre a concessão de licenciamentos e a interpretação de que as áreas licenciadas não se tratavam de Área de Preservação Permanente. Um dos impasses que se configura é problema nacional e pouco discutido até agora: o nível de idoneidade dos Estudos de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto do Meio Ambiente (Eia/Rima). Isso porque esses estudos são feitos por consultorias pagas pelos próprios interessados em conseguir o licenciamento ambiental. E é com base neles que a Semace licencia. "Eu não conheço EIA/Rima que tenham voltado porque foi contrário ao empreendedor. Esse tipo de estudo é feito no intuito de viabilizar a obra", afirma Jeovah.
Geógrafo diz que obras estão em áreas de proteção

Construções têm licença ambiental da Semace que, segundo o órgão, estão dentro das exigências da legislação ambiental pertinente. Ambientalistas contestam informação
Aracati. Até mesmo as grandes ocupações com licenciamentos da Semace e do Ibama estão em Área de Preservação Permanente (APP) e, portanto, deveriam ter sido conservadas. A afirmação é do geógrafo Jeovah Meireles, professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e uma das principais referências de estudos da zona costeira do Nordeste brasileiro.

Ao contrário do que diz o secretário-adjunto da Semace, Aurilo Veras, Jeovah afirma que, conforme o próprio Código Florestal, antigo mas em vigor, a área em que havia pequenas lagoas aterradas para construção de loteamentos consistem uma APP por fazer parte dos sistemas lacustres e intermitentes. "Existem até mesmo resoluções também protegendo esses sistemas lacustres, como a resolução 41", aponta Meireles.


fonte: Melquíades Júnior - Diário do Nordeste

Ocupações põem em risco as áreas verdes da cidade


Na Fortaleza que parece crescer sem rumo e sem fiscalização, 42,73% dos espaços verdes estão invadidos

Do alto se enxerga uma Fortaleza cada vez menos arborizada e quase predominantemente acinzentada. Toda cheia de asfalto, com rios canalizados e árvores derrubadas diariamente. É como se o pouco que ainda restasse de verde estivesse definhando, sumindo na paisagem. Para agravar mais o caso, até as áreas institucionais, aquelas que deveriam ser protegidas pelo poder público, estão sendo tomadas.

De um total de 2,3% do território destinado para as praças, parques, espaços livres e verdes, 42,7% foram invadidos, conforme o mais recente estudo da gestão, o "Fortaleza em números". Do restante liberado, 15% não foram implantados.

E sobram exemplos de devastações ambientais na capital. Prova é o caso de moradores do bairro Parreão que, há mais de dez anos, esperam pela desapropriação efetiva de um terreno na promessa de que ele possa virar parque ou praça pública.

Com um extenso rio correndo por toda a área, com dezenas de árvores frondosas e animais silvestres, o local é alvo de vândalos, depositário de entulhos e motivo de especulação imobiliária. O lote Thomaz Pompeu Magalhães, com quadras 13 e 18, situado na rua Júlio da Silveira, conta com 12.078,00 m² .

Parreão III

Até uma placa de "vende-se", inserida em um poste na esquina da área, parece revelar como a gestão municipal perdeu as rédeas da fiscalização e da manutenção da natureza. O espaço que, em 2000, foi considerado apto à desapropriação hoje é motivo de querela entre o poder público e os que se reivindicam donos. Uma saída para a retomada poderia ser a indenização.

Nessa disputa, habitantes sofrem com a ausência de espaços verdes e sonham com a construção do tal Parque Parreão III. "A Prefeitura perdeu essa área toda. Não tomou conta, nem fiscalizou e urbanizou. Daí chegaram outros se dizendo donos. Um absurdo esse descaso. Esse riacho que passa aqui tem muita importância para o equilíbrio ambiental e manutenção da flora e fauna", frisou Régia Dourada, moradora do bairro.

Ela lembra ainda que a reclamação não é nova. Nos idos de 2004, a Secretaria Executiva Regional (SER) IV chegou a anunciar que havia um projeto para o bairro. Entretanto, de lá para cá, nada avançou. Ainda nesse ano, a mesma secretaria indicou que as negociações teriam conseguido êxito. Nesse ínterim, o parque não saiu do papel enquanto os anseios de venda dos lotes só aumentaram.

A situação é hoje motivo, inclusive, de briga judicial na 6ª Vara da Fazenda Pública. Um dos representantes dos inventariantes, que pediu para não se identificar, aguarda a negociação com a Prefeitura e diz pagar o Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) e cuidar da limpeza urbana.

Entretanto, o cenário hoje é de abandono, relata a secretaria Karina Lopes. Moradora da frente do terreno, ela conta que são frequentes as queimadas, focos de sujeira, colocação de entulhos como armários, sofás, montes de sacos e restos de materiais de construção urbana.

Itapery

Infelizmente, o exemplo citado no bairro do Parreão não é isolado. Moradores perto do Campus da Universidade Estadual do Ceará (UECE) no Itapery, na comunidade chamada de Dendê, sofrem com as ameaças de especulações e ocupações irregulares, tanto de ricos e pobres.

Nas últimas três semanas, dezenas de barracos foram armados em toda extensão da Rua G, na margem do Açude José Pires - área de proteção ambiental. De longe se avista os casebres, a sujeira e o uso irregular do solo.

Além disso, são constantes também, segundo o historiador e integrante do Movimento Pró-Parque, Milton Ferreira, 31, a colocação de entulhos no rio, as queimadas e até construções na margem do logradouro, devastando, assim, toda a mata ciliar.

"O poder público devia cuidar melhor desse espaço antes que ele morra em definitivo. Seria urgente manter a mata e preservar o pouco que ainda nos resta. Temos bacias lindas e super importantes aqui", disse Ferreira. O desequilíbrio ambiental estaria matando animais e provocando inundações na região.

Para ele, até empresas de mobiliário e igreja se instalaram na área que era para ser de preservação. Os moradores reclamam também do crescimento da violência urbana com as ocupações irregulares na comunidade.

Invasão

42% É a porcentagem atual de praças, áreas verdes e de lazer que, ao invés de estarem sendo preservadas e urbanizadas pelo poder público, foram invadidas

DIFICULDADE


Semam tenta evitar ações

"A questão social tem resolvida mas sem invadir os espaços verdes", disse. A saída seria conter a prática ainda no nascedouro, antes que ganhe proporções maiores. Para ele, os danos com as ocupações nas áreas institucionais seriam imensos, tanto do ponto de vista ambiental como na relação do controle urbano. "O povo tem que aprender a respeitar o patrimônio, a coletividade. A preservação dos espaços verdes é fundamental para garantir o equilíbrio ambiental, o futuro das próximas gerações e o uso mais saudável e sustentável das cidades", disse o secretário da Semam em Fortaleza.

A gestão municipal teria, inclusive, um grupo de trabalho só para evitar as invasões, atuar na prevenção e fiscalização.

Explicações

Sobre a denuncia no bairro do Parreão, a Secretaria Executiva Regional (SER) IV, esclareceu, em nota, que a gestão está aguardando apenas um parecer da Procuradoria Geral do Município sobre a desapropriação do terreno para seguir com os projetos. No entanto, a SER IV continua fazendo a limpeza e recolhendo o lixo colocado no local.

Com relação ao terreno na Rua G, no bairro do Dendê, próximo à UECE, a Regional IV esclarece ainda que há cerca de 10 dias foi feito uma desocupação e os invasores foram retirados, mas voltaram ao local. A SER IV enviou ainda um ofício na segunda-feira à Polícia Militar para a realização de uma operação com o intuito de desocupar novamente o local.O atual titular da Secretaria de Meio Ambiente de Fortaleza (Semam), Deodato Ramalho, até reconhece a gravidade do problema, mas relata a dificuldade em resolver a questão das ocupações de áreas verdes em definitivo. Visto que, segundo o gestor, a vulnerabilidade social - da falta de moradia, por exemplo - não deveria ser justificativa para tais ações irregulares.

fonte: Ivna Girão, Diário do Nordeste

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Como a poluição pode alterar nosso cérebro




Se você quer que sua mente funcione melhor e esteja mais protegida da deterioração precoce, utilize uma máscara para filtrar o ar que respira quando a poluição aumenta, procure escolher para viver uma vizinhança livre de fumaças e com amplas áreas verdes ou, pelo menos, reduza a quantidade de horas diárias que permanece exposto à contaminação atmosférica.

Definitivamente: para cuidar do cérebro convém se aproximar todo o possível do ar puro e se afastar o mais que puder do contaminado.

São as recomendações que poderiam ser retiradas de uma recente pesquisa com roedores de laboratório, realizada pela Universidade Estatal de Ohio (OSU, segundo a sigla em inglês), segundo a qual a exposição a longo prazo à poluição do ar pode ocasionar mudanças físicas no cérebro, assim como problemas de aprendizagem, memória e quadros depressivos.

"Outros estudos demonstraram os efeitos daninhos da contaminação do ar no coração e nos pulmões, mas este é um dos primeiros que mostra seu impacto negativo no cérebro", explicou  a estudante de doutorado em neurociência Laura Froken, principal pesquisadora do estudo na OSU.

De acordo com Laura, "uma exposição prolongada ao ar contaminado pode ter efeitos negativos
visíveis no cérebro, o que poderia causar vários problemas de saúde".

Para sua pesquisa, um grupo de ratos foi exposto a ar filtrado e outro ao ar contaminado, durante seis horas diárias, cinco dias por semana, durante dez meses, um lapso equivalente a quase a metade do período de vida da cobaia.

O ar contaminado continha partículas diminutas, de  uma trigésima parte da grossura comum de um fio de cabelo humano, do tipo que liberam para o ar  carros e fábricas, e também provenientes de pó natural,  as quais podem alcançar áreas profundas dos pulmões e de outros órgãos.


O ar sujo que respiramos
A concentração de partículas à qual os ratos foram expostos equivale à que um ser humano é submetido em algumas áreas urbanas poluídas, de acordo com os pesquisadores.

Após dez meses de exposição ao ar poluído ou ao filtrado, os pesquisadores realizaram uma variedade de testes de conduta nos animais, comprovando que aqueles que respiraram o ar contaminado tiveram mais dificuldades para aprender e lembrar, comparados com os quais receberam ar limpo.

Em outros testes, os roedores expostos ao ar poluído mostraram mais comportamentos depressivos e níveis mais altos de ansiedade que os que respiraram ar filtrado.

 Ao estudar o hipocampo dos animais - uma área cerebral relacionada à aprendizagem, à memória e à depressão – foram observadas diferenças físicas claras entre o dos ratos expostos ao ar contaminado e o dos quais não foram, assinalou  Laura, que é membro do Instituto de Pesquisa de Medicina do Comportamento da OSU.

"Estudos prévios mostraram que este tipo de mudanças no hipocampo cerebral estão relacionados com uma diminuição da aprendizagem e da memória", assinalou o pesquisador Randy Nelson, coautor do estudo A contaminação do ar inclusive poderia afetar os seres humanos quando estão sendo gerados no ventre materno, afetando o desenvolvimento potencial de sua inteligência quando nascem.

Em uma pesquisa publicada na revista científica “Environmental Health Perspectives”, e no serviço de notícias científicas “Neomundo”, se comprovou que os bebês cujas mães foram expostas ao ar poluído durante a gravidez poderiam sofrer problemas em seu desenvolvimento cognitivo tempos depois, ao redor dos cinco anos de idade.

Os resultados do estudo, realizado na Cracóvia (Polônia) pelo  Centro Colúmbia de Saúde Ambiental Infantil de Nova York (CCCEH, Estados Unidos), confirmam os dados de outro similar realizado na cidade de Nova York e apresentam novos indícios dos efeitos dos poluentes do ambiente urbano na saúde humana.


Partículas HAP, uma ameaça invisível

Os especialistas do CCCEH examinaram  se as crianças expostas a níveis altos de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAP) apresentavam  uma menor capacidade intelectual e de raciocínio.


Os HAP incluem ao redor de cem substâncias químicas que são liberadas no meio ambiente quando são queimados combustíveis fósseis usados para transporte, calefação e produção de energia, entre muitos outros usos.

Na pesquisa participaram 214 crianças nascidas entre 2001 e 2006 na Cracóvia, todos procedentes de mães saudáveis e não fumantes, as quais usaram durante a gestação dispositivos em uma mochila para medir a contaminação do ar. Além disso durante sua gravidez foram retiradas das mulheres amostras de sangue e elas responderam vários questionários.

Seus filhos foram submetidos a um acompanhamento até que completaram cinco anos  de idade, quando executaram um Teste de Matrizes Progressivas de Raven (MPR) uma prova destinada a medir  a capacidade  intelectual.

Além disso, foram levados em conta outros fatores que poderiam se relacionar com uma capacidade cognitiva infantil reduzida, como a concentração de chumbo, a inalação de fumaça de tabaco e o nível de estudos da progenitora.

Os pesquisadores do CCCEH descobriram que as crianças expostas a níveis elevados de HAP durante a gestação tiveram um pior rendimento nas provas MPR de capacidade intelectual e de raciocínio, comparados com aqueles cujas mães quase não tinham sido expostas a estes compostos poluentes.
"O efeito sobre a inteligência era comparável ao das crianças de Nova York expostos em fase pré-natal aos mesmos poluentes atmosféricos em um estudo anterior", explicou a professora Frederica Perera, diretora do CCCEH da Escola Mailman de Saúde Pública da Universidade de Colúmbia (EUA) e coautora do estudo.

Para a pesquisadora "isto é preocupante pois o coeficiente intelectual é importante para prever o rendimento acadêmico futuro e os HAP são abundantes nas cidades de todo o planeta."

fonte: Yahoo! Notícias

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

[Documentário] Greenpeace Brasil - Mudanças do Clima, Mudanças de Vida


"Mudanças do Clima, Mudanças de Vidas” revela, com depoimentos de pessoas das comunidades afetadas e análises de cientistas, como o aquecimento global já provoca vítimas, doenças e prejuízos econômicos em todo o Brasil.
 
A imagem das Cataratas do Iguaçu com quedas minguadas ou completamente secas ainda está fresca na memória dos brasileiros. A diminuição no volume de água, que chegou a um décimo do normal em julho, foi provocada por uma das piores estiagens dos últimos anos no Paraná. No ano passado, a Amazônia, que detém 20% da água doce do planeta, se transformou em uma espécie de sertão, em uma das secas mais severas que já assolaram a região.

Ainda em 2005, um tornado devastou o município de Muitos Capões (RS), no mesmo dia em que o furacão Katrina arrasou Nova Orleans, nos Estados Unidos. No final de março de 2004, o furacão Catarina, o primeiro registrado no Atlântico Sul, matou 11 pessoas e causou destruição em dezenas de municípios da região Sul. Apenas em Santa Catarina danificou mais de 32 mil casas, com prejuízos de mais de R$ 1 bilhão.

Depoimentos dos pesquisadores Carlos Nobre (Inpe) e Francisco Aquino (UFRGS) revelam que essas são evidências claras de que o mundo e várias regiões do Brasil são vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global.

O documentário e o relatório "Mudanças do Clima, Mudanças de Vidas", do Greenpeace, apresentam testemunhos de vítimas do aquecimento global na Amazônia, no Nordeste, no Sul e na zona litorânea brasileira. São pessoas que viram suas casas destruídas por causa de ventos ou inundações, perderam suas lavouras e seus animais por causa de secas fora do normal ou foram afetadas por catástrofes climáticas antes desconhecidas pelos brasileiros. O relatório e o documentário mostram ainda as relações entre a destruição da maior floresta tropical do mundo, a Amazônia, e o aquecimento global, e como o desmatamento e as queimadas fazem do Brasil o quarto maior emissor de gás carbônico do planeta.

"O Brasil precisa assumir sua responsabilidade como grande emissor de gases de efeito estufa. O governo deve combater o desmatamento de maneira implacável, promover as energias limpas e os programas de economia de energia. Os brasileiros têm todo o direito de saber onde somos mais vulneráveis aos efeitos devastadores do aquecimento global e como vamos reduzir nossa contribuição a este problema. Não temos tempo a perder nesta luta pela nossa sobrevivência", afirma Carlos Rittl, coordenador da campanha de clima do Greenpeace.

O relatório e o documentário mostram também o que os governos, as indústrias e os cidadãos podem fazer, com mudanças nos padrões de produção e de consumo, para evitar que o cenário de mudanças climáticas, que já é grave, se torne irreversível e catastrófico para toda a vida do planeta nos próximos anos.

Eventos Públicos

Além do relatório e do vídeo, a nova campanha de mudanças climáticas do Greenpeace conta com eventos de mobilização pública: a exposição fotográfica e a instalação sensorial "Mudanças do Clima, Mudanças de Vidas" percorrerão dez cidades brasileiras. A exposição possui 28 painéis com fotos e textos explicativos sobre como o aquecimento global já afeta a vida de milhares de brasileiros. Os visitantes também poderão conhecer um túnel para visualizar e sentir os efeitos das mudanças climáticas. Ao final da visita, as pessoas receberão uma cartilha com dicas do que podem fazer para ajudar a restaurar o equilíbrio climático do nosso planeta. (Texto do greenpeace.org)

Assista o documentário abaixo:



Brasil não sabe lidar com grandes acidentes ambientais, dizem especialistas


O vazamento de óleo na Bacia de Campos, no Campo de Frade, operado pela Chevron, suscitou uma reflexão: o Brasil está preparado para lidar e enfrentar acidentes ambientais desse tipo? Os especialistas afirmam que não e cobram leis mais rigorosas e medidas eficazes para evitar desastres como esse.

O diretor do Programa Marinho da ONG Conservação Ambiental, Guilherme Fraga Dutra, acredita que o governo brasileiro também tem parcela de culpa no vazamento de petróleo na Bacia de Campos. “A responsabilidade principal é da concessionária do bloco, a Chevron. A Transocean (perfuradora de poços de petróleo) é corresponsável. Mas o governo pecou pela dificuldade de fiscalização da operação dos blocos e de deflagrar ações para reduzir os danos do vazamento tão logo começou a ocorrer. Imaginem se fosse um vazamento numa área próxima à costa ou numa área sensível, como a Região dos Abrolhos. O impacto ambiental seria ainda maior e, em muitos locais, traria perdas irreparáveis”, avaliou o biólogo.




Guilherme lembra que o Plano de Contingência Nacional contra derramamento de óleo ainda nem saiu do papel. “Os riscos desta atividade no mar são muito altos e para reduzi-los é preciso trabalhar em duas frentes: no  ordenamento do espaço marinho, criando áreas de exclusão à exploração, e medidas para reduzir os impactos, caso venham a ocorrer”.

Nesta quinta-feira (24), o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse à imprensa que o governo está elaborando o plano. Uma comissão interministerial foi formada para revisar os estudos que vêm sendo feitos há aproximadamente uma década sobre o assunto. “Nós temos que ter um plano de contingência que, de fato, corresponda às nossas necessidades e que funcione. Temos agora o pré-sal, coisa que não havia antes. Então, esse plano terá que estar ajustado às perspectivas que se abrem para o Brasil”, comentou Lobão.

Fiscalização na prática

Em entrevista à “Carta Capital”, o doutor em Engenharia Nuclear e professor da Universidade de São Paulo Ildo Luís Sauer afirmou que, na prática, as operadoras de petróleo e as empresas responsáveis pela construção das plataformas no oceano são as únicas responsáveis por fiscalizar a segurança do empreendimento. “O Ibama e a ANP, responsáveis pela vistoria técnica e ambiental, respectivamente, precisam reformular os seus procedimentos”.

Já o sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) exigiu a adoção de leis mais rigorosas para punir as companhias responsáveis por acidentes ambientais no Brasil. “As empresas têm a certeza de que o crime compensa porque sabem que a legislação que trata sobre o assunto ambiental no Brasil não é rigorosa para punir quem tem desvio de conduta. Uma multa de R$ 50 milhões para uma companhia desse porte não é nada”, disse o coordenador-geral da entidade, José Maria Rangel.

Prevenção

Empresas como a brasileira Petrobras desenvolveram métodos sofisticados para a extração do petróleo em alto mar, mas "deixam a desejar" nos métodos para enfrentar vazamentos e proteger o ambiente, declarou o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires. “O acidente da Chevron mostra que extrair petróleo do mar não é uma tarefa simples”.

Pires assegura que nem o Brasil nem o resto do mundo estão preparados para responder rapidamente a um acidente petroleiro no mar. “Tapar um vazamento e coletar o petróleo derramado leva tempo. As empresas e os governos precisam trocar informações sobre a maneira de agir”, disse Pires.

fonte: Yahoo! Notícias

domingo, 20 de novembro de 2011

Chevron assume responsabilidade por vazamento no Brasil

Vista aérea do petróleo que vazou perto da costa do Rio de Janeiro, em um poço perfurado pela Chevron, no campo de Frade.



RIO DE JANEIRO (Reuters) - A empresa de petróleo Chevron assume toda a responsabilidade pelo vazamento em águas brasileiras, disse neste domingo (20) o presidente da subsidiária local, George Buck.

Buck informou que o vazamento com origem em um poço exploratório perfurado pela companhia no campo de Frade foi interrompido, e que o óleo residual que migrou para as rochas no fundo marinho agora forma volumes bem menores, de dezenas e não centenas de barris por dia, como anteriormente.

"A Chevron assume a responsabilidade total pelo incidente," disse Buck à imprensa no Rio de Janeiro. "Vamos compartilhar as lições aprendidas aqui na esperança de que esse tipo de incidente não ocorra de novo no Brasil ou em qualquer lugar do mundo".

Buck declarou que o vazamento ocorreu porque a companhia subestimou a pressão do reservatório de petróleo que era perfurado e superestimou a resistência da formação rochosa no fundo do mar.

O petróleo vazou por meio do poço que estava sendo perfurado, migrou para as rochas por meio de fissuras nas paredes do poço e aflorou no fundo do mar, atingindo a superfície da água e formando as grandes manchas.

A Chevron tem 52 por cento do campo de Frade, que está produzindo 79 mil barris de óleo e gás natural por dia, e é operadora do campo.

O poço, que está sendo abandonado, foi perfurado pela Transocean, mas Buck disse que os problemas no poço "não tem nada a ver com a Transocean".

O vazamento está localizado a 160 quilômetros (km) da costa do Estado do Rio de Janeiro.

No ápice do vazamento, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) disse que cerca de 200 a 330 barris de petróleo estavam vazando pelas rachaduras no fundo do mar.

Buck disse que a estimativa oficial da Chevron deve ser divulgada na segunda-feira (21).

fonte: Yahoo! Notícias