sábado, 9 de abril de 2011

Semace apresenta Macrozoneamento Ecológico Econômico da APA da Serra de Baturité

          Como uma das metas da Assessoria de Desenvolvimento Institucional (Adins), a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), apresentará nesta segunda-feira (11), a partir das 08h30, no Auditório Régia Nântua da autarquia, o Macrozoneamento Ecológico Econômico da Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra de Baturité. O objetivo principal do projeto é traçar um planejamento estratégico para a área, visando a otimização do ordenamento ambiental daquela região.

          De acordo com a Adins da autarquia, o macrozoneamento servirá para organizar o mapeamento georreferenciado, definir limites de tolerância para os sistemas ambientais, indicar vetores de pressão decorrentes dos diversos tipos de ocupações. “Além disso, o projeto vai proporcionar um diagnóstico geoambiental sobre o estado de conservação dos sistemas ambientais, bem como suas especificidades de uso”, explica a assessora da Adins, Sônia de Sousa.

          A Serra de Baturité é uma das mais importantes regiões de mata úmida do Estado. Ela representa um ambiente de exceção do bioma da Caatinga e é o principal centro dispersor de drenagem que converge para a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

          A APA é conhecida por atrativos naturais, dentre eles: clima ameno e com médias de temperatura de 20° C, paisagens serranas que alternam vales fechados e abruptos do relevo, vegetação exuberante e sempre verde, águas correntes ou pequenas represas, pomares com variedade de lavouras etc. Estudos apontam que esses e outros fatores podem intensificar os processos de degradação, comprometendo a biodiversidade e o equilíbrio ambiental, recursos hídricos e descaracterizar a paisagem serrana.

          O evento contará com a presença de técnicos da autarquia que discutirão sobre o assunto. Na oportunidade, estarão presentes também o superintendente da Semace, Ricardo Araújo, além de representantes do Conselho de Política e Gestão do Meio Ambiente (Conpam).

Saiba mais

          A APA da Serra de Baturité, situada a 90 Km de Fortaleza, é a primeira e mais extensa Área de Proteção Ambiental criada pelo Governo do Estado, instituída através do Decreto Federal Estadual Nº 20.956, de 18 de Setembro de 1990 alterado pelo Decreto nº 27.290, de 15 de Dezembro de 2003. Abrange uma área de 32.690 hectares e localiza-se na porção Nordeste do Estado, na região serrana do Maciço de Baturité. A unidade de conservação é composta pelos municípios de Aratuba, Baturité, Capistrano, Guaramiranga, Mulungu, Pacoti, Palmácia e Redenção.

por Ana Luzia Brito
Assessoria de Comunicação – Semace

sexta-feira, 8 de abril de 2011

11 pontos de praia próprios para banho em Fortaleza



          Ambiente (Semace), aponta que 11 pontos estão próprios para banho na capital do Ceará. O documento, que apresenta a qualidade das águas destinadas à recreação de contato primário da orla marítima fortalezense, indica, também, que 21 locais deram fora dos padrões.

          As análises seguem o que é exigido pela Resolução 274 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que indica, no máximo, 1.000 coliformes termotolerantes para cada 100 mL de água nas últimas cinco medições. Toda segunda-feira a equipe do Núcleo de Análise e Monitoramento da Semace realiza a coleta em 31 pontos de Fortaleza. O resultado dessas análises fica pronto na quinta-feira.

          Vários fatores podem influenciar na qualidade das águas, tais como: ligações clandestinas de esgotos, ocorrência de chuvas (que levam sujeira para o mar através das galerias pluviais), condições de maré, presença de animais, disposição inadequada de resíduos sólidos e adensamento urbano próximo.

Confira, abaixo, o resultado das análise em Fortaleza:

Pontos próprios para banho:
  • Barraca Arpão Praia Bar
  • Barraca Itapariká
  • Barraca Hawaí
  • Praça 31 de Março
  • Barraca América do Sol
  • Volta da Jurema
  • Edifício Arpoador
  • Diários (Ponta Mar Hotel)
  • Ideal Clube
  • Ed. Vista del Mare
  • Início da Av. Philomeno Gomes

Pontos impróprios para banho:
  • Caça e Pesca
  • Barraca Beleza
  • Barraca Crocobeach
  • Clube de Engenharia
  • Ponte dos Ingleses (Ponte Metálica)
  • Início da Rua Ismael Pordeus
  • Farol
  • Iate
  • Mucuripe
  • Estátua de Iracema
  • INACE (Indústria Naval do Ceará)
  • Kartódromo
  • Início da Av. Pasteur
  • Colônias
  • Horta
  • Início da Rua Lagoa do Abaeté
  • Goiabeiras
  • Barraca Big Jeans
  • Marina Park Hotel
  • Barra do Ceará

por Fhilipe Augusto
Assessoria de Comunicação - Semace
 

sábado, 2 de abril de 2011


          Nunca na história deste planeta um evento destas dimensões foi mostrado em tão diversa variedade de ângulos e quase que ao vivo: A tragédia no Japão!

          Pessoas, carros, casas, barcos, navios, containers, dentre outras coisas, tal qual brinquedos em uma piscina, jogadas, arremessadas, e nenhuma força neste mundo, nenhum poder econômico, nada! Nada pode deter a força da natureza.

          O maior tsunami da era moderna já ocorrido e que foi ricamente filmado e jogado em todos os “tubes” da internet e canais pelo mundo afora. Agora todos nós precisamos refletir, e deste trágico acontecimento tirar lições que talvez estejam vindo tardiamente.

          Está mais do que provado: Somos realmente vulneráveis! Toda a gigante tecnologia existente no Japão não pode conter a gigante força da natureza. Os avisos não conseguiram evitar milhares de mortes, e agora temos mais uma séria ameaça: As usinas nucleares!

          Precisamos repensar esta fonte de energia que nos expõe a autênticos cataclismos. Um dado estarrecedor que convém destacar sobre a energia atômica: 1 quilograma de Plutônio-239 seria teoricamente suficiente para causar a extinção da população humana a longo prazo. E para se ter uma ideia do poder avassalador de um acidente nuclear, em um ano, um reator nuclear de 1200 Mega Watts – como por exemplo o de Angra 2 aqui no Brasil – produz 265 quilos desse material, que tem uma meia-vida de 24.000 anos! É ou não é preocupante? Está mais do que provado que não temos também controle sobre a força nuclear.

          No Japão são 56 usinas e existe mais uma em construção que, explodindo, simplesmente varreriam da terra a raça humana! Existem centenas pelo resto do mundo e estamos literalmente caminhando em cima de um gigantesco globo cheio de TNT puro que, a qualquer momento pode explodir! É hora de nos voltarmos definitivamente para produção de energia verdadeiramente limpas como a eólica e a solar. Projetos como o do carro elétrico e a supercondutividade que iria revolucionar o mundo está esquecida, dentre outras alternativas que dispomos, e simplesmente relegamos por conta de um modelo econômico que nos escraviza e empurra para os abismos sísmicos a que estamos a todo momento expostos. Os testes atômicos para destruição em massa realizados por mandatários malucos, ditaduras e fundamentalistas caducos, cada vez mais frequentes, nos subterrâneos da terra, mexem com sua crosta e são um dos causadores dos constantes terremotos e tsunamis devastadores que estamos vivenciando. Os intervalos entre um e outro evento estão cada vez mais curtos e não sabemos onde nem quando vão acontecer.

          Já dizia o poeta Raul Seixas “Buliro muito com o praneta, o praneta como um cachorro eu vejo. Se ele num guenta mais as pulga se livra delas num saculejo.” É a mais pura verdade. As grandes nações, os grandes mandatários, os reis, os mi e bilionários do mundo, são nada diante da força que nos impõe a natureza. Há muito ouço o provérbio: “O homem propõe e Deus dispõe.” Precisamos rever nossos conceitos em relação ao nosso próximo, rever também nossas ideias e ideais de conquista e domínio de uma raça sobre a outra, de uma religião sobre a outra.

          Precisamos instaurar definitivamente a tão propalada era de “Aquarius”… quando a lua ocupa o seu lugar, e marte a júpiter chegar, a paz vai conduzir o céu e o amor há de imperar, há de nascer por fim a idade de Aquarius, tempo de Aquarius… harmonia e sentimento, amizade entendimento, sem mentira ou falsidade, sonhos de ouro rebelando, cristal lúcido brilhando, mentes livres liberdade Aquarius!

          O 11 de setembro nos mostrou o “reality show” promovido pelo homem, o 11 de março nos mostrou o “reality show” promovido pela natureza… e então raça humana? Vai encarar!?

 por Sylvio Montenegro
Professor, consultor em tecnologia da informação
sylviomontenegro.com.br@gmail.com
O POVO

Poesia: A tragédia no Japão


Na Terra do Sol Nascente
A Natureza furiosa
Agiu de forma inclemente
Sem poesia e sem prosa

O país cambaleou
Como um deslocado ébrio
Devido à força do tremor
Tornando o clima funéreo

O mar inteiro sobre a praia
Avançou como manada
Invadindo de tocaia
A gente frágil e desarmada

Carros se tornaram brinquedos
Arrastados pela fúria lamacenta
E tomados de pânico e de medo
Fugiram da invencível tormenta

E o pesadelo de outrora
Relembrou aos prístinos nipônicos
Que, abrindo a Caixa de Pandora,
Desvelou os horrores atômicos

E o Antigo Samurai
Com sua espada em riste
É ferido no orgulho e cai
Como símbolo duma nação agora triste
Qual será o próximo ônus
De um povo garbo e industrioso
Que morre como a Ave Fênix
E ressuscita das cinzas venturoso?

A Ilha do Povo Amarelo
Foi pela Natureza aclamado
A Terra do Grande Flagelo
E do Prometeu Acorrentado.

Mas dotado de ciência mais fina
E da tecnologia mais cara
O povo japonês tem uma sina
Levantar-se como uma hirta vara

Pois como um bambu resistente
Que embora seja flexível
Ele bate sempre de frente
Contra a Natureza em seu nível

Que o japonês tão brioso
Viva em paz e harmonia
Seja no inverno mais rigoroso
Seja nas horas claras do dia

Rogamos ao nosso Demiurgo
Que saiamos do mundo de “Maya”
De vítimas de um Grande Verdugo
Sejamos filhos da Deusa Gaia.

por Pedro Ernesto Gonçalves Damasceno - O POVO

Novo Código Florestal deve proibir desmatamento em florestas nativas, diz ministra


          O projeto do novo Código Florestal busca a sustentabilidade e o desenvolvimento do país, disse nesta sexta-feira, 1º, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Para ela, a agricultura brasileira não será sustentável se não proteger as nascentes dos rios e outros recursos naturais. Em sua visita a Curitiba, onde foi debater com produtores rurais, empresários e parlamentares a proposta de mudança na legislação em tramitação no Congresso Nacional, a ministra adiantou que o governo não permitirá mais desmatamentos em florestas nativas.

          “Temos que proteger a biodiversidade, fazendo uso de instrumentos ecológicos mais modernos que permitam aumentar renda dos que têm florestas nas suas terras”, afirmou Izabella. Por isso, acrescentou, o Brasil está buscando alternativas para não ter mais desmatamentos em florestas nativas e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

          Na manhã de hoje, a ministra participou de audiência pública na Assembleia Legislativa do Paraná. “Estamos ouvindo a posição de agricultores familiares, conservacionistas e grandes produtores para que possamos avaliar se estamos no caminho certo para termos um Código Florestal moderno. A ideia é que ele resolva situações injustas do passado e propicie novas condições para a produção sustentável da agricultura brasileira e da economia florestal, além da conservação da biodiversidade.”

          De acordo com a ministra, desde o ano passado o governo vem apresentando propostas para as alterações do Código Florestal. “Estamos em contato permanente com o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), autor do projeto que propõe a mudança, com deputados da bancada ruralista e ambientalistas para identificar alternativas para os problema apontados.”

          Uma lei mais sólida, assinalou Izabella, evitará tragédias como a da região serrana do Rio, devastada por enxurradas e avalanches de terra no início deste ano. Ela estima que 90% dos prejuízos sofridos pelos municípios da região – quase mil pessoas morreram, cerca de 500 desapareceram e mais de 8 mil ficam desabrigados - ocorreram em consequência de ocupações inadequadas em área de preservação permanente.

          Agora à tarde, Izabella se reúne com representantes do setor industrial, na Federação das Indústrias do Paraná, para ouvir sugestões ao novo Código Florestal. Presidentes de sindicatos e empresários do setor florestal vão pedir que o assunto seja tratado de maneira técnica e responsável.

          Eles dizem que os empresários do setor florestal devem ser vistos como participantes ativos e corresponsáveis pelo desenvolvimento e o equilíbrio ambiental. Também reclamam do tratamento dado à cadeia produtiva, responsável pela produção da matéria-prima para as indústrias de móveis, celulose, papel e para fins energéticos.

            De acordo com a Fiep, a indústria de base florestal é de grande importância para a economia do Paraná. O setor é composto por 6,2 mil empresas, que geram quase 100 mil empregos diretos. No ano passado, as exportações do segmento somaram US$ 1,183 bilhão.

           O coordenador da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf- Sul), Neveraldo Oliboni - entidade que representa 150 mil agricultores familiares - entregou um documento à ministra sugerindo, entre outras medidas, a criação de uma política de pagamentos por serviços ambientais aos agricultores familiares.

O POVO

Os desconhecidos que sobrevivem ao lado do mangue

    
          Nada na localidade parece ser propício para a vivência humana. A comunidade que recebe por referência de endereço o bairro Vila Velha IV, localizada no mangue às margens do Rio Ceará, vem sofrendo com o abandono do poder público.

          Falta moradia digna, água encanada, iluminação pública, recolhimento de lixo e segurança. Entulhos são verificados por todos os lados. Lixo e esgoto a céu aberto, misturado às águas do mangue, formam grandes poças de lama que são vistas ao longo de vários trechos das ruas sem calçamento. Situação que piora com as chuvas e a elevação do nível do rio, transformando quintais, por exemplo, em pequenos lagos poluídos, onde brincam as crianças, em busca de peixes e siris.

          O forte mau cheiro proveniente desses espaços parecem já fazer parte do ambiente naquela parte do bairro, onde a dona de casa Aura Pereira do Nascimento, 56, mora há mais de dez anos. “Nem sinto mais (o cheiro forte)”, conforma-se.

          Além da dona Aura, cerca de 400 famílias, estimativa dos próprios moradores, vivem em situação precária. Ninguém sabe ao certo como ou quando começou a ocupação do espaço.
De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria Executiva Regional (SER) I, a Prefeitura não tem conhecimento da existência dessa comunidade específica, às margens do rio Ceará, do bairro Vila Velha IV.

          Os moradores por si mesmos organizam-se para resolver como dá os inúmeros problemas do local. “A gente não tem água encanada. Já pedimos para vir para cá, mas não vem nada. Então, a gente se reúne, compra uns canos, todo mundo coopera e puxa, por nossa conta, a água que vem da Cagece (Companhia de Água e Esgoto do Ceará), lá da rua de cima para cá”, conta a costureira e líder comunitária Liduína Costa Campos, 46, apoiada por outra liderança da comunidade, José Coelho da Silva, 59.

          Liduina sabe da irregularidade cometida e não consegue enxergar outra alternativa à gambiarra. “Se não for assim, todo mundo morre. A gente precisa beber, cozinhar, tomar banho”, defende.

          ENTENDA A NOTÍCIA - Falta moradia, alimentação de qualidade e água potável para uma comunidade localizada no Bairro Vila Velha IV. Os moradores ainda convivem com lixo, insegurança, entulhos e esgoto a céu aberto.SAIBA MAIS O chefe do distrito de meio ambiente da SER I, Assis Macedo, adverte que não é possível intervir no local pois trata-se de uma Área de Proteção Ambiental (APA).O POVO verificou a existência de projetos da Prefeitura para retirada da população da área e nada foi encontrado.De acordo com a assessoria de imprensa da Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza (Habitafor), o órgão não tem conhecimento da comunidade, mas assegurou o comprometimento em ajudar, desde que procurado diretamente pelas famílias que residem no local.

por Sara Rebeca Aguiar - O POVO