segunda-feira, 16 de maio de 2011

Curso Agentes Ambientais da Fundação Demócrito Rocha.


Estão abertas as inscrições para o "Curso Agentes Ambientais" da Fundação Demócrito Rocha.

Cliquem no link abaixo para inscrição e informações:

http://www.fdr.com.br/agentesambientais/?target=inscricao

Apresentação do Curso

           A questão ambiental ganhou nas últimas décadas, um espaço social relevante, fazendo-se presente no cotidiano das pessoas e das instituições. No mundo de hoje, já se coloca a necessidade de refletir e de agir sobre os impactos e ameaças que pesam sobre a qualidade de vida no planeta Terra.
Hoje, a questão ecológica não pode ficar fora da agenda de qualquer pessoa ou organização minimamente comprometida com o meio ambiente e a qualidade de vida. A gestão ambiental, casamento entre ecologia e negócios, é uma realidade cujos efeitos econômicos tornam-se cada vez mais profundos e impactantes. A necessidade de preservar as condições de vida no planeta nos coloca num caminho sem volta. Portanto, é premente que se inicie uma revisão completa das concepções de progresso que nortearam os modelos de desenvolvimento social e econômico nos últimos séculos. A definitiva opção pelo desenvolvimento sustentável baseado na gestão ambiental tem, além do fator econômico, um determinante humano.

          Considerando a educação ambiental uma ação multidisciplinar, o curso procura aprofundar a consciência cívica e a responsabilidade social dos cidadãos, assim como subsidia-los com fundamentação teórica a fim de capacitá-los como agentes multiplicadores e facilitadores de controle ambiental.

         Com os recentes dados publicados acerca do clima pelo IPCC, faz-se urgente um trabalho de educação formal com o objetivo de preparar Agentes Ambientais para monitorar o meio ambiente do seu entorno geográfico e divulgar boas práticas de preservação e conservação do planeta.



Fascículos

1. Conferência do clima (COP 15) e as metas brasileiras: o fascículo discute o tema do meio ambiente e a intervenção política das nações, bem como a importância do trabalho dos agentes ambientais como fiscais do meio ambiente e multiplicadores de conhecimentos. O texto faz uma análise acerca das principais constatações históricas dos 15 anos de Conferências do Clima, buscando refletir sobre as ações do passado para não cometer os mesmos erros no presente. Tem destaque especial a COP 15, com descrição desde as expectativas desse evento até o seu resultado final, bem como discussão da atuação do Brasil e quais metas foram propostas frente os diferentes setores econômicos brasileiros. Por fim, busca fomentar análise sobre as principais ações tecnológicas disponíveis na atualidade para proteção dos ecossistemas e populações humanas das mudanças climáticas. 

2. Política Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA/CONDEMA): apresenta noções sobre os principais fundamentos teóricos das políti
cas nacionais de meio ambiente, realizando uma leitura crítica da Lei N° 6.938/81 que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente no Brasil. Apresenta, ainda, os mecanismos de funcionamento do SISNAMA, CONAMA e CONEMA. 

3. Agente ambiental e mobilização social: é feita uma contextualização histórica da participação democrática da sociedade, na busca de soluções para questões ambientais, identificando mecanismos que legitimem essa participação. São apresentadas algumas experiências exitosas da participação popular para o meio ambiente. Também é abordada a importância da educação ambiental na sala de aula e listado várias informações sobre os principais órgãos que podem ser acionados na defesa do meio ambiente no estado do Ceará. 

4. Sociedade, Meio ambiente e Educação: faz uma discussão sobre a interligação entre sociedade, meio ambiente e educação, ressaltando a convicção de que são inseparáveis na promoção de convivência equilibrada com o meio ambiente. Chama atenção para
o modelo capitalista de sociedade como um dos contribuintes para o aumento da desigualdade social que gera impactos ambientais. Apresenta a atuação de movimentos sociais e das conferências internacionais de meio ambiente como propulsores na conscientização das pessoas para a preservação da vida no planeta. Por fim, traz informações sobre lixo e poluição e algumas dicas de como os cidadãos podem atuar cotidianamente em defesa do meio ambiente. 

5. Principais ecossistemas do Ceará: o Brasil é detentor da maior diversidade biológica do planeta, contando com pelo menos 10% a 20% do número total de espécies mundiais. Na Caatinga e em todos os ecossistemas associados a ela, pode ser encontrada também uma rica biodiversidade, indo de encontro ao que muito se pensava, de que era pobre em espécies. Neste fascículo é apresentado o conceito de ecossistema, estrutura e funcionamento dos mesmos, assim como uma visão geral dos principais biomas brasileiros. É também feita uma abordagem dos
  ecossistemas associados à caatinga cearense, tais como os manguezais, as dunas e restingas, as matas ciliares de carnaúba, as matas serranas ou úmidas, a caatinga propriamente e o carrasco que é encontrado no platô das serras da Ibiapaba e do Araripe respectivamente. O conhecimento das relações que se processam nestes ecossistemas é importante para a sua conservação e preservação para as futuras gerações. 

6. Potencialidades da Caatinga: busca contextualizar a caatinga dentro do semiárido nordestino, apresentando suas principais características climáticas, ecológicas, fisionômicas. Aborda como o bioma caatinga vem sendo explorado de forma predatória através de diversas atividades que incluem, principalmente, a caça, as queimadas e o desmatamento para retirada de lenha e o consequente quadro de degradação ambiental, decorrente dessas ações que são realizadas sem nenhum planejamento efetivo para o uso sustentável dos recursos disponíveis. É destacada a importância da biodivers
idade da caatinga, com a descrição de algumas potencialidades para o desenvolvimento sustentável do semiárido. 

7. Unidades de conservação: neste fascículo é analisado o surgimento das unidades de conservação no mundo e no Brasil, os objetivos de sua criação, os tipos de unidades de conservação, que atividades podem ser realizadas dentro destas áreas protegidas e é dado um enfoque às unidades de conservação existentes no bioma caatinga e a necessidade de criação de mais unidades, não somente na caatinga, mas em todo o território brasileiro. 

8. Água e Meio Ambiente: trata da água como condição para a vida. O ciclo da água, seu papel na fotossíntese e a importância da água como definidora dos biomas terrestres do planeta. O texto reforça a interrelação estreita entre água e floresta enfocando o exemplo da Amazônia. A água como espaço de vida, representado pelos ecossistemas marinhos e de águas doces. Discute também, os processos de degradação das águas: desmatamento, poluição,
eutrofização, desertificação, entre outros. Enfoca as consequências desses impactos ambientais na saúde humana. Por fim, destaca a gestão compartilhada das águas e a recuperação ambiental, envolvendo a comunidade, como um caminho seguro para se construir uma sociedade ecologicamente sustentável e socialmente justa. 

9. Tratamento de resíduos, coleta seletiva e reciclagem: apresenta os conceitos Lixo, Coleta Seletiva e Reciclagem, demonstrando a importância das práticas de coleta seletiva e da reciclagem para a existência de um ambiente mais saudável. Discute as possibilidades de aproveitamento de resíduos economicamente viáveis, e as principais formas de tratamento do lixo e suas aplicações. 

10. Monitoramento ambiental: busca compreender o conceito de monitoramento ambiental e sua importância. Aborda algumas tipos de monitoramento ambiental: da biodiversidade (fauna e flora), dos recursos hídricos, atmosférico, dentre outros e suas principais técnicas de execução. Por fim, en
foca a interdisciplinaridade que deve haver entre as diversas facetas do monitoramento ambiental.

11. Noções de Direito Ambiental: o fascículo discute as informações básicas sobre Direito Ambiental, enquanto ramo específico da ciência jurídica que tem como objeto o desenvolvimento sustentável e a utilização dos recursos naturais de forma ordenada. Trabalha os conceitos, princípios fundamentais, responsabilidade ambiental e suas políticas nacionais, buscando a percepção de que a questão da proteção ao meio ambiente é um dever não só do Estado, mas de todos os cidadãos. 

12. Tecnologias ambientais sustentáveis: alternativas para o convívio com o semiárido: o propósito deste fascículo é oferecer exemplos práticos de tecnologias simples e de baixo custo que podem melhorar as condições de vida do sertanejo nordestino e ao mesmo tempo proteger e melhorar o Meio Ambiente. As tecnologias apresentadas são voltadas especialmente para a captação, armazenamento e uso da água, preservação, recuperação e aumento de produtividade do solo e melhoria da qualidade de vida das pessoas.
 

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