terça-feira, 14 de junho de 2011

Atividade humana emite em poucos dias mais gases estufa do que todos vulcões em um ano







As seguidas grandes erupções de vulcões na Islândia e, agora, no Chile levantaram a preocupação de algumas pessoas quanto a seus efeitos sobre o aquecimento global. Uma revisão de estudos sobre o assunto feita por um cientista da Agência de Levantamentos Geológicos dos EUA (USGS, na sigla em inglês), no entanto, mostra que em apenas três a cinco dias as atividades humanas lançam na atmosfera mais dióxido de carbono (CO2), principal gás do efeito estufa, do que todos os vulcões do mundo ao longo de um ano.

- A pergunta mais frequente que me fizeram, e ainda fazem, nos meus cerca de 30 anos como geoquímico de gases vulcânicos, tanto pelo público em geral quanto por outros geocientistas que trabalham em campos fora da vulcanologia, é se "os vulcões emitem mais dióxido de carbono do que as atividades humanas?" - conta Terrance Gerlach, da USGS. - As pesquisas mostram sem dúvidas que a resposta é "não". As emissões antropogênicas de CO2 fazem as vulcânicas parecerem nanicas.


Os estudos avaliados por Gerlach fornecem estimativas sobre a emissão dos vulcões que vão de um mínimo de 100 milhões de toneladas a um máximo de meio bilhão de toneladas de dióxido de carbono por ano. O cientista, então, presumiu uma média de 250 milhões de toneladas para fazer suas comparações, muito pouco diante das projeções de que a atividade humana lança cerca de 35 bilhões de toneladas anuais de CO2 na atmosfera. Os cálculos de Gerlach mostram ainda que as emissões antropogênicas superam até mesmo a de super-erupções, eventos raríssimo que ocorrem em média uma vez a cada 100 mil a 200 mil anos. 


- E os exemplos mais recentes que temos disso são as erupções de Toba, 74 mil anos atrás na Indonésia, e da caldeira de Yellowstone (EUA) há 2 milhões de anos - destacou ele na sua revisão, publicada no periódico "Eos", da União Americana de Geofísica.



fonte: O Globo


sábado, 11 de junho de 2011

FAO alerta que pode faltar água para produzir alimentos





"Estudo apresentado pelo órgão da ONU analisa as possíveis consequências das mudanças climáticas em áreas já consideradas sob stress hidrográfico. O cenário de futuro é motivo de pouco otimismo." 

As mudanças climáticas poderiam provocar escassez de água nas próximas décadas para a produção de alimentos e cultivos, segundo estudo divulgado na semana passada pela Organização das Nações Unidas pela Agricultura e Alimentação (FAO).

O estudo analisa as consequências previsíveis das mudanças climáticas, entre elas a diminuição da corrente de água dos rios e da alimentação dos aquíferos no Mediterrâneo, as zonas semiáridas na América, Austrália e África meridional, regiões que já sofrem de “estresse hídrico”, sustentou a entidade das Nações Unidas.

Segundo o estudo, na Ásia serão afetadas amplas regiões que dependem do degelo e dos glaciares de montanha.

 As áreas densamente povoadas dos deltas fluviais também estão ameaçadas, pela combinação de menor fluxo de água, aumento da salinidade e elevação do nível do mar.

 A aceleração do ciclo hidrológico do planeta, já que as temperaturas em alta aumentarão a taxa de evaporação da terra e do mar, também afetarão o acesso à água.

Os especialistas da FAO afirmam que a chuva aumentará nos trópicos e em latitudes mais elevadas, mas diminuirá nas regiões que já têm caráter seco e semiárido e no interior dos grandes continentes.

“Será necessário contar com uma frequência maior de secas e inundações, mas espera-se que as regiões do mundo que já sofrem de escassez de água se tornem mais secas e quentes”, sustentou a FAO.

“A perda de glaciares - que sustentam cerca de 40% do abastecimento de água ao nível mundial - afetará finalmente a quantidade de água de superfície disponível para a irrigação das principais bacias produtoras”, destacam os especialistas.


Sem informação

A FAO adverte que se sabe muito pouco sobre o futuro impacto das mudanças climáticas na água para a agricultura ao nível regional e subregional, e onde os camponeses estarão mais ameaçados.
         
“É necessária uma precisão e um enfoque maiores para entender a natureza, o alcance e localização dos efeitos das mudanças climáticas nos recursos hídricos para a agricultura nos países em desenvolvimento”, destacou o informe, acrescentando que “mapear a vulnerabilidade é uma tarefa chave ao nível nacional e regional”.

A FAO pediu aos países desenvolvidos que reexaminem suas estratégias de biocombustíveis - que incluem amplos subsídios -  uma vez que estes têm desviado 120 milhões de toneladas de cereais de consumo humano para produção de combustível. “Contar com mais energia renovável não significa que você precisa produzir mais biocombustível”, disse Diouf.


ENTENDA A NOTÍCIA

O alerta da FAO é importante pela perspectiva de ainda permitir que algo seja feito. As gerações atuais precisam tomar pra si a responsabilidade de garantir às gerações futuras uma condição mínima de vida.

ENQUANTO ISSO, NA ARGENTINA...

O gestor argentino Alberto Mainaiet, 46, resolveu trocar o ônibus pela bicicleta. Ele aderiu a um fenômeno em Buenos Aires que não para de crescer: o uso das “amarelinhas’’, como são conhecidas as bicicletas públicas do sistema de transporte local. “Há uma influência desse papo de ser mais saudável, mas a questão é o tempo que economizo no trânsito.’’

Influenciada por programas semelhantes em cidades europeias, a prefeitura de Buenos Aires criou o “Mejor en Bici’’ (melhor em bicicleta), que conseguiu mais de 15 mil adeptos em cinco meses.

Qualquer residente da capital pode se registrar gratuitamente. As 360 bicicletas, disponíveis em 12 pontos da cidade, são emprestadas por até duas horas. Em dezembro, quando o programa começou, eram cerca de cem viagens diárias. Agora já são mais de 1.600.

                  fonte: O Povo Online

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Junho Ambiental movimenta Maracanaú durante todo mês

                                  


O município de Maracanáu vai viver um período junino diferenciado, com a realização do Junho Ambiental 2011.

A programação, que se estenderá por todo o mês, acontece em comemoração ao dia do meio-ambiente, celebrado em 5 de junho. O Junho Ambiental vai contar com uma programação bastante diversificada, com palestras, mini-cursos, desfiles, blitze ecológica e exposições.

O secretário de meio ambiente do município, o verde Marcos Vieira, disse que o projeto tem a proposta de mobilizar os maracanauenses para uma reflexão mais presente na preservação dos recursos naturais e rumo ao desenvolvimento sustentável.

A abertura do Junho Ambiental 2011 acontece nesta sexta-feira, dia 3 de junho. 

Acesse esse link para ver a programação:

                                                                                                                             
                                                                                                                          fonte PV Ceará

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Anistia Internacional pede suspensão de Belo Monte



           
 
A Anistia Internacional afirmou hoje em seu site na internet que o Brasil deve respeitar os direitos dos indígenas que vivem na região do Rio Xingu e suspender a construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. A diretora adjunta para as Américas da Anistia Internacional, Guadalupe Marengo, afirmou que continuar com a obra antes de proteger os direitos dos indígenas equivale a "sacrificar direitos humanos em prol do desenvolvimento".

 "O Brasil deve acatar as recomendações da Comissão Interamericana de Direitos Humanos para suspender a construção da usina de Belo Monte até os direitos das comunidades indígenas locais estarem completamente garantidas", disse a diretora da Anistia, por meio do site da entidade.
 
Em abril, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos havia recomendado que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) suspendesse a emissão da licença ambiental para a obra até que todas as comunidades locais fossem consultadas. O pedido leva em conta medidas preventivas de doenças que podem se espalhar entre os índios e até estudos de impacto da hidrelétrica sobre a língua dos povos que habitam a região. Mas ontem o órgão brasileiro concedeu a permissão de instalação para a hidrelétrica de Belo Monte.

"Ambientalistas, comunidades indígenas, promotores e defensores dos direitos humanos levantaram sérias preocupações nos últimos anos sobre o impacto potencial nos direitos humanos das comunidades indígenas que vivem na área", afirmou a Anistia Internacional.

                                                                                                                                     fonte: Estadão

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Fortaleza realizará dois seminários tratando do Código Florestal



O Seminário O Novo Código Florestal: O Significado da Reformulação da Legislação Ambiental no Campo e na Cidade está inserido na Semana do Meio Ambiente que tem como tema Modelos de Desenvolvimento e Justiça Ambiental, organizada pelos Movimentos Ambientalistas do Estado do Ceará. O Seminário é gratuito e contará com palestras do Prof° Edson Vicente da Silva - Cacau (UFC), Prof° Andrea Crispim (UECE/AGB-Fort) e com o Movimento Ambientalista SOS Cocó.
           
 Lembrando que o Seminário realizarse-à dia 07/junho/2011 às 18:30h no Auditório Paulo Petrola (auditório da reitoria) da Universidade Estadual do Ceará - UECE e é GRATUITO!


"Auditório Paulo Petrola (auditório da reitoria) da Universidade Estadual do
Ceará - UECE)
Terça, 7 de junho · 18:30 - 21:30"


[O Novo Código Florestal em debate]

Aprovado no último dia 24/05 no plenário da Câmara dos Deputados, o novo Código Florestal regulamenta a política ambiental brasileira. Para a elaboração do documento, diversos setores da sociedade, dentre eles cientistas, ambientalistas, políticos, estudantes, integrantes de movimentos sociais, dentre outros, têm se articulado para debater acerca do tema. Visando proporcionar mais uma rodada de discussões acerca do tema, o DCE do IFCE, realiza no próximo dia 06/06, às 18h30, no auditório Castelo Branco do campus de Fortaleza, o evento “O Novo Código Florestal em debate”.

Participarão do debate o reitor do IFCE, Cláudio Ricardo Gomes de Lima, o Deputado Federal Eudes Xavier, o coordenador estadual do MSN, Flávio Barbosa e o titular da Secretaria de Meio Ambiente e Controle urbano de Fortaleza, Deodato Ramalho. A iniciativa pretende apresentar as principais mudanças que o novo Código Florestal trará para o país, destacando pontos positivos e negativos, além de sugerir propostas para serem enviadas ao Senado, onde o Código ainda será também votado e, se aprovado, segue para a sanção presidencial.

             Mais informações pelo telefone 3307-3704.

OMS alerta sobre perigos causados por telefone celular



 A agência da ONU admitiu que inexistem estudos suficientes a longo prazo para concluir se a radiação dos telefones móveis é confirmada. Mas, coloca o telefone móvel na mesma categoria do chumbo.
                                                    
 A radiação do telefone celular pode causar câncer. Foi o que anunciou ontem a Organização Mundial da Saúde (OMS). A agência da Organização das Nações Unidas (ONU) listou o uso do telefone móvel como “possivelmente cancerígeno”, na mesma categoria do chumbo, escapamento de motor de carro e clorofórmio. A informação foi publicada no site CNN Health. Antes do anúncio, a OMS havia descartado aos consumidores que a radiação tinha sido relacionada a qualquer efeito nocivo à saúde. Uma equipe de 31 cientistas de 14 países, incluindo os Estados Unidos, tomou a decisão depois de analisar estudos revisados por especialistas sobre a segurança de celulares.

 A equipe encontrou provas suficientes para classificar a exposição pessoal como “possivelmente cancerígena para os seres humanos”. Isto significa que inexistem estudos suficientes a longo prazo para concluir se a radiação dos telefones móveis é confirmada. Mas, há dados mostrando possível conexão e que os consumidores devem ser alertados.

 O tipo de radiação que sai de um celular é chamado de não-ionizante. Não é como um raio X, porém mais como um forno de micro-ondas de baixa potência. “O que a radiação do micro-ondas faz, em termos mais simples, é semelhante ao que acontece aos alimentos no micro-ondas: cozinha o cérebro”, disse Keith Black, neurologista do Centro Médico Cedars-Sinai, em Los Angeles (EUA).

A OMS classifica os fatores do ambiente em quatro grupos: cancerígenos, ou causadores de câncer, para o homem; possivelmente cancerígeno para os seres humanos; não classificados quanto ao risco de câncer para o homem; e, provavelmente, não cancerígeno para os seres humanos.

O tabaco e o amianto estão na categoria “cancerígeno para os seres humanos”. Chumbo, escapamento do carro e clorofórmio são listados como “possivelmente cancerígenos para os seres humanos”. O anúncio foi em uma representação da OMS em Lyon, na França.

 A Agência Europeia do Ambiente pediu mais estudos, afirmando que os telefones celulares podem ser tão nocivos para a saúde pública quanto o tabagismo, o amianto e a gasolina. (da Folhapress)


ENTENDA A NOTÍCIA

O anúncio pode ser divisor de águas para as normas de segurança. Os governos costumam usar a lista da OMS de classificação de risco cancerígeno como orientação para recomendações de regulamentação ou ações.
                                                                                  Fonte: O POVO online